No dia 13 de outubro eu conversei com as turmas que estão no segundo ano de preparação para receber a Primeira Eucaristia sobre Unção dos Enfermos...
Aqui vai um pouquinho do que foi falado...
Se você perdeu o encontro pode se atualizar por aqui...
Vamos lá?
O sacramento da unção dos enfermos
No ritual da unção dos enfermos encontra-se a seguinte petição a Deus: “Por
esta santa unção e pela Sua infinita misericórdia, o Senhor venha em
teu auxílio com a graça do Espírito Santo, para que, liberto dos teus
pecados, Ele te salve e, na Sua misericórdia, alivie os teus
sofrimentos”. Esta oração contém o objeto central desse
sacramento, ou seja, confere a ele uma graça especial que une mais
intimamente o doente a Cristo.
Jesus
veio para revelar o amor de Deus. Frequentemente faz isso nas áreas e
situações em que nos sentimos especialmente ameaçados em função da
fragilidade de nossa vida, devido às doenças, morte, etc.. Deus Pai quer
que nos tornemos saudáveis no corpo e na alma e reconheçamos nisso a
instauração do Reino d'Ele. Por vezes, só com a experiência da
enfermidade percebemos que precisamos do Senhor mais do que tudo. Não
temos vida, a não ser em Cristo. Por isso os doentes e os pecadores têm
um especial instinto para perceber o que é essencial.
No
Antigo Testamento, o homem doente experimenta os seus limites e, ao
mesmo tempo, percebe que a doença está ligada misteriosamente ao pecado.
Os profetas intuíram que a enfermidade poderia ter também um valor
redentor em relação aos próprios pecados e aos dos outros. Assim, a
doença era vivida diante de Deus, do qual o homem implorava a cura. No
Novo Testamento eram os enfermos que procuravam a proximidade de
Jesus, procurando “tocá-Lo, pois d'Ele saía uma força que a todos
curava” (Lc 6,19). A compaixão de Jesus Cristo pelos doentes e as
numerosas curas de enfermos são um claro sinal de que, com Ele, chegou o
Reino de Deus e a vitória sobre o pecado, o sofrimento e a morte. Com
a Paixão e Morte o Senhor dá um novo sentido ao sofrimento, o qual, se
for unido ao d'Ele, pode ser meio de purificação e de salvação para nós e
para os outros.
A Igreja tem recebido do Senhor a ordem para curar os enfermos,
procura pôr isso em prática com os cuidados para com os doentes,
acompanhados da oração de intercessão. Ela possui, sobretudo, um
sacramento específico em favor dos enfermos, instituído pelo próprio
Cristo e atestado por São Tiago: «Quem está doente, chame a si os
presbíteros da Igreja e rezem por ele, depois de o ter ungido com óleo
no nome do Senhor» (Tg 5,14-15).
Desta
forma, o sacramento da unção dos enfermos pode ser recebido pelo fiel
que começa a se sentir em perigo de morte por doença ou velhice. O mesmo
fiel pode recebê-lo também outras vezes se a doença se agravar ou então
no caso doutra enfermidade grave. A celebração desse sacramento, se
possível, deve ser precedida pela confissão individual do doente. A
celebração deste sacramento consiste essencialmente na unção com óleo
benzido, se possível, pelo bispo, na fronte e nas mãos do enfermo (no
rito romano, ou também noutras partes do corpo segundo outros ritos),
acompanhada da oração do sacerdote, que implora a graça especial desse
sacramento. Ele só pode ser administrado pelos sacerdotes (bispos ou
presbíteros).
Este
sacramento confere uma graça especial que une mais intimamente o doente
à Paixão de Cristo, para o seu bem e de toda a Igreja, dando-lhe
conforto, paz, coragem, e também o perdão dos pecados, se ele não puder
se confessar. E consente, por vezes, se for a vontade de Deus, também a
recuperação da saúde física do fiel. Em todo o caso, essa unção prepara o
enfermo para a passagem à Casa do Pai. Por isso, concede-lhe
consolação, paz, força e une profundamente a Cristo o doente que se
encontra em situação precária e em sofrimento. Tendo em vista que Senhor
passou pelas nossas angústias e tomou sobre Si as nossas dores.
Muitos
doentes têm medo desse sacramento, e adiam-no para o fim, porque pensam
se tratar de uma espécie de “sentença de morte”. No entanto, é o
contrário disso: a unção dos enfermos é uma espécie de “seguro de vida”.
Quem, como cristão, acompanha um enfermo deve libertá-lo desse falso
temor. A maior parte das pessoas que está em risco de vida tem a
intuição de que nada mais é importante nesse momento do que a confiança
imediata e incondicional Àquele que superou a morte e é a própria Vida:
Nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador.
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