sexta-feira, 19 de abril de 2013

Oitavo Mandamento - Não levantar falso testemunho 
"NÃO LEVANTARÁS FALSO TESTEMUNHO CONTRA TEU PRÓXIMO".
(Ex 20,16)
 

I - Viver na verdade:

Temos no Antigo Testamento que Deus é fonte de toda verdade. Sua Palavra é verdade. Sua Lei é verdade. "Sua fidelidade continua de geração em geração" (Sl 119,90). Foi em Jesus Cristo que a verdade se manifestou plenamente. "Cheio de graça e verdade", Ele é a "luz do mundo" (Jo 8,12), a Verdade. O verdadeiro discípulo de Jesus em sua "permanece em sua palavra" para conhecer a "verdade que liberta" (Jo 8,32) e santifica. Jesus nos ensinou o amor incondicional da verdade: "Seja o vosso 'sim, sim e o vosso 'não', não. (Mt 5,37).
Os homens tendem à verdade e são obrigados a honrá-la e testemunhá-la. São também obrigados a aderir à verdade e ordenar suas vidas segundo as suas exigências. A verdade deve estar presente em nosso falar, pensar e agir pois assim, estamos nos guardando da duplicidade, simulação e da hipocrisia. Devemos Ter veracidade naquilo que fazemos ou dizemos.
Não haveria possibilidade de convivência recíproca se não houvesse a verdade entre as pessoas. A verdade nos ensina corretamente aquilo que deve ser expresso e aquilo que deve ser guardado. Isso implica em honestidade e discrição. Todos devem manifestar a verdade entre si mesmos.
Partindo deste raciocínio devemos entender qual é a seriedade que é viver na verdade. "Um inimigo pode nos causar um terrível mal (matar, ferir gravemente, espalhar falsos boatos, roubar, etc ...), mas um amigo pode nos destruir por completo". Daí temos a importância seríssima de manifestar a verdade para com as outras pessoas. O nosso amigo, e quando mais intimo, é aquele que nos conhece, sabe das nossas fraquezas, das nossas limitações. É por isso que devemos ser verdadeiros.
O discípulo de Cristo "aceita viver na verdade", esto é, na simplicidade de uma vida conforme o exemplo do Senhor. Ao dizermos que estamos em comunhão com Ele e, pelo contrário, andamos nas trevas, estamos mentindo descaradamente para Deus e para nós mesmos.
II - Dar testemunho da verdade:
Assim como Cristo proclamou diante Pilatos que "veio ao mundo para dar testemunho da verdade", o cristão não deve temer ou envergonhar-se de dar testemunho do Senhor (2 Tm 1,8). O cristão deve manter uma "consciência irrepreensível, constantemente, diante do Senhor e dos homens" (At 24, 16). Ao fazer parte da Igreja, o cristão deve dar testemunho do Evangelho e das obrigações dele decorrentes. Ele fará isso através de seus atos e palavras.
O martírio é o supremo teste da verdade e implica em dar testemunho que pode, muitas vezes, ira até a morte. O mártir é aquele que dá tesmunho do Cristo, morto e ressuscitado, ao qual está unido pela caridade. Enfrenta a morte num ato de fortaleza. "Deixai-me ser comida das feras. É por elas que me será concedido chegar até Deus. (Santo Inácio). Temos então as lembranças daqueles que foram até o fim por causa de Cristo. São as "Atas dos mártires".
III - As ofensas à verdade:
O Falso testemunho e o perjúrio:
Quando se emite publicamente algo contrário à verdade, diante de um tribunal, é falso testemunho e quando se está sob juramento, é perjúrio. Isso pode contribuir para condenar injustamente um inocente ou inocentar o culpado. Prejudica o exercício da justiça pronunciada pelos juizes.
Respeito à reputação das pessoas:
É proibido qualquer atitude e palavra que cause um prejuízo injusto. Torna-se culpado:
De juízo temerário (imprudente):
Aquele que, secretamente, admite como verdadeiro, sem razão alguma, o defeito moral do próximo.
De malediscência:
Aquele que, sem razão válida, revela as pessoas que não sabem os defeitos do próximo e suas faltas.
De calúnia:
Aquele que, pela mentira, prejudica a reputação dos outros e causa falsos juízos a respeito deles. Para não cairmos no juízo temerário (julgar sem medir as conseqüências), temos que interpretar de modo favorável tanto quanto possível o pensamento, atos e palavras do próximo.
Malediscência e calúnia:
Mancham a reputação e a honra do próximo. Todos têm direito à honra do próprio nome, à sua reputação e ao seu respeito. Logo, a malediscência e a calúnia ferem as virtudes da justiça e da caridade.
Adulação, bajulação ou complacência:
Deve-se tomar muito cuidado com atos ou palavras que, por (bajulação), confirme e encoraje o outro na malícia de seus atos e perversidade. Adulação é falta grave quando cúmplice de vícios ou de pecados graves. Se torna um pecado venial, quando só quer ser agradável, evitar um mal, remediar uma necessidade, obter vantagens legítimas.
A jactância ou fanfarronice:
É uma falta grave contra a verdade e o mesmo vale para a ironia que é depreciar alguém caricaturando, de modo malélovo, seu comportamento.
A mentira:
É dizer o que é falso com a intenção de enganar. O Senhor denuncia na mentira uma obra diabólica: "Vós sois do diabo, vosso pai, ... nele não há verdade: quando ele mente, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira" (Jo 8, 44). É a ofensa direta á verdade. Mentir é falar ou agir contra ela para induzir um erro. Fere a relação do homem como o seu próximo e com o Senhor.
A mentira torna-se mortal, embora seja um pecado venial em si, quando fere gravemente as virtudes da justiça e da caridade. Sua punição varia de acordo com as circunstâncias, a intenção do mentiroso, as conseqüências sofridas por suas vítimas.
A mentira é uma profanação da palavra que tem como finalidade levar a verdade a outros e é condenável em sua natureza. Quando induzimos o próximo, através da mentira, a um erro estamos cometendo uma falta grave contra a justiça e a caridade. A culpa é maior ainda, quando a intenção é de enganar. Causa a morte para aqueles que são desviados da verdade.
A mentira é uma verdadeira violência ao próximo porque o impede de obter a capacidade conhecer, que é a condição de todo o juízo e decisão. Ela mina a confiança entre os homens e rompe o tecido das relações sociais.
Toda falta contra a justiça e a verdade impõe uma reparação, mesmo após o perdão. Não podendo reparar um erro publicamente, deve-se fazê-lo em segredo; se aquele que sofreu o prejuízo não puder ser indenizado, deve-se dar-lhe satisfação moral, em nome da caridade. Isso também é válido para as faltas cometidas contra a reputação dos homens.
IV - O respeito à verdade:
Nós devemos Ter muito cuidado para saber avaliar as condições e ver se é pudente ou não revelar a verdade àquele que a pede. A caridade e o respeito à ditarão a resposta. A todo pedido de informação. Ninguém pode revelar a verdade a quem não tem o direito de conhecê-la e por isso temos que saber guardar segredo quando necessário.
O sacramento da confissão é inviolável e não pode ser traído em hipótese nenhuma pelo sacerdote. Os segredos profissionais devem se mantidos sob total sigilo, salvo casos em que venham a trazer prejuízo grave àqueles que os confia, àquele que os recebe ou a um terceiro e só evitáveis mediante divulgação da verdade.
Todos temos o dever de manter a justa reserva acerca dos segredos particulares das pessoas.
V - O uso dos meios de comunicação social:
Na sociedade moderna, os meios de comunicação social, infelizmente uma minoria, estão a serviço do bem comum. A sociedade tem direito a uma informação fundada sobre a verdade, a liberdade, a justiça e a solidariedade. Os membros da sociedade, porém também devem cumprir neste particular os deveres de justiça e verdade. Eles devem exigir que os meios de comunicação social contribuam para auxiliar na formação e difusão da reta opinião pública. A conseqüência é que daí surgem uma comunicação verdadeira, justa e livre, favorecendo a circulação de idéias que aumentam o conhecimento e o respeito aos outros.
Nós temos que exigir da mídia maior moderação e disciplina quanto à programação e assim termos uma consciência esclarecida e correta para resistirmos às influências negativas. A imprensa tem o dever e obrigação, na difusão da informação, de servir à verdade e não ofender a caridade. Ela deve se esforçar para não omitir a verdade dentro dos limites do juízo crítico a respeito das pessoas. A imprensa não deve ceder à difamação.
As autoridades civis têm o dever de defender o bem comum. É através da publicação de leis, e de sua aplicação rigorosa e do cuidado pelo bom uso dos meios de comunicação, que os poderes públicos evitarão que haja graves danos aos costumes e progressos da sociedade.
Nada justifica a recusa do uso de falsas informações para manipulação da opinião pública. A moral denuncia o flagelo dos estados totalitários que falsificam a verdade, exercem pelos meios de comunicação uma dominação da opinião pública, manipulam os acusados e as testemunhas de processos públicos, etc...
VI - Verdade, beleza e arte sacra:
A prática do bem vem acompanhada de um prazer espiritual gratuito e da beleza moral. A verdade é bela em sim mesma e implica alegria e explendor espiritual. É a expressão racional do conhecimento da realidade criada e incriada. É necessária ao homem, dotado de inteligência e pode encontrar outras formas de expressão humana, sobretudo quando retrata de evocar dela o que há de indizível, as profundezas do coração, as elevações da alma, o mistério de Deus.
Antes de se revelar ao homem por palavras, Deus o fez através da criação - "a grandeza e a beleza das criaturas levam, por comparação, à contemplação de seu Autor" (Sb 13,5). "pois foi a própria fonte da beleza que as criou" (Sb 13,3).
Criado à imagem e semelhança de Deus, o homem exprime a verdade de sua relação com Ele através das manifestações artísticas. A arte é uma riqueza interior da humanidade dada gratuitamente por Deus em abundância. Ela une conhecimento e perícia, para dar forma à verdade de uma realidade acessível à vista e ao ouvido. A arte é parecida com a obra da criação, quando é inspirada na verdade e no amor das criaturas.
A arte sacra tem como função evocar e glorificar, na fé e na adoração, o mistério transcendente de Deus, beleza excelsa e invisível de verdade e amor, revelada em Cristo, "resplendor de Sua glória, expressão de seu Ser" (Hb 1,3), "em que habita toda a plenitude da divindade" (CL 2, 9).

quinta-feira, 11 de abril de 2013


Décimo Mandamento - Não cobiçar as coisas alheias
 

"NÃO COBIÇARÁS ... COISA ALGUMA QUE PERTENÇA AO TEU PRÓXIMO"
(Ex 20, 17)


O décimo mandamento se refere e proíbe a cobiça dos bens dos outros, raiz do roubo, da rapina e da fraude, que o sétimo mandamento proíbe. A cupidez (cobiça) tem sua origem, como a fornicação (praticar o coito, importunar), na idolatria proibida nas três primeiras prescrições da Lei. O décimo mandamento resume, junto com o nono, todos os preceitos da Lei.

I - "A desordem das concuspiscências"

O apetite sensível nos faz desejar aquilo que não temos. Por exemplo, comer quando temos fome, ou nos aquecermos quando temos frio. Estes desejos não são maus, mas muitas vezes extrapolam os limites da razão e nos fazem desejar injustamente aquilo que não é nosso. O Décimo mandamento nos proíbe o desejo de uma apropriação desmedida dos bens terrenos; proíbe a cobiça desmedida vinda da paixão imoderada pelas riquezas e de seu poder.

Quando desejamos obter as coisas dos outros, mas de modo justo, não violamos este mandamento. Aqui temos as características das pessoas que mais devem lutar contra as suas concuspiscências:

- Os comerciantes que desejam os preços altos dos produtos, que vêem com pesar que não são os únicos a comprar e vender; e se acham no direito de comprar ao preço mínimo e vender mais caro; os que desejam que seus semelhantes vivam na miséria para obterem lucro, quer vendendo ou comprando deles... Os médicos que desejam que sempre haja doentes; os legistas que desejam que haja sempre causas e processos numerosos...

- A inveja é um vício capital (grave). Designa a tristeza sentida diante do bem do outro e do desejo desmedido de sua apropriação. Ao desejar um mal grande ao outro, cometemos um pecado mortal. Santo Agostinho via na inveja "o pecado diabólico por excelência". Dela nascem o ódio, maledicência, calúnia, alegria causa com a desgraça do outro e o desprazer causado pela sua prosperidade. A Inveja é contrária a caridade. O Batizado deve lutar contra ela mediante a benevolência.

II - "Os desejos do espírito"

É na Lei e na graça que somos instruídos pelo Espírito Santo ao Sumo-Bem; é nele que saciamos o nosso coração. O Deus das promessas sempre nos advertiu contra aquilo que, desde sempre, parece como "bom ao apetite, agradável aos olhos, desejável para adquirir ciência" (Gn 3, 6).

A própria Lei confiada a Israel não bastou para justificar aqueles que se sujeitavam à ela, antes tornou-se mesmo o instrumento da cobiça. Agora, porém, manifestou-se a Justiça de Deus, testemunhada pela Lei e pelos profetas, operada em Jesus Cristo em favor daqueles que crêem.

III - "A pobreza de coração"

Jesus disse a seus discípulos para preferi-lo a tudo e a todos por causa dele e do Evangelho. Ele deu-lhes o exemplo da pobre viúva de Jerusalém, de usa indulgência, deu tudo o que possuía para viver. Os desprendimento das riquezas é primordial para se entrar no Reino. "Bem-aventurados os pobres em espírito" (Mt 5, 3).

Ser "pobre em espírito" é dedicar-se totalmente a uma humildade voluntária de espírito e sua renúncia. Infelizmente o orgulhoso procura o poder terreno, ao passo que o pobre em espírito busca o Reino dos Céus. O abandono nas mãos da providência do Pai do Céu, nos liberta da preocupação do amanhã. A confiança em Deus pré dispõe para a bem aventurança dos pobres. Eles verão a Deus.

IV - "Querer ver a Deus"

O desejo da felicidade verdadeira liberta o homem do apego desmedido aos bens terrenos, que se realizará na visão e na bem-aventurança de Deus. A promessa de ver a Deus ultrapassa todas as bem- aventuranças, na Escritura ver é possuir. Aquele que vê Deus obteve todos os bens que se pode imaginar.
Para possuir e contemplar a Deus, os fiéis de Jesus Cristo devem mortificar (dar morte) a sua concuspicência e superar, com a graça de Deus, as seduções do gozo e do poder.

O Sétimo Mandamento: Não Roubar

Ele direciona o homem ao verdadeiro desenvolvimento

 Imagem de Destaque

O Sétimo Mandamento não nos proíbe apenas de retirar algo de outra pessoa; ele exige também uma justa administração e divisão dos bens da terra, isto é, a regulação da propriedade privada e da distribuição dos rendimentos do trabalho humano. Também é denunciada, nesse mandamento, a injusta repartição das matérias-primas.
A Igreja encontra fundamentada neste mandamento também a sua doutrina social, que compreende o reto agir na atividade econômica e na vida social e política, o direito e o dever do trabalho humano, a justiça e a solidariedade entre as nações, o amor aos pobres.
Desta forma, o Catecismo da Igreja Católica afirma que esse mandamento prescreve o respeito aos bens alheios com a prática da justiça e da caridade, da temperança e da solidariedade. Em particular, exige o respeito das promessas e dos contratos estipulados; a reparação da injustiça cometida e a restituição do mal feito; bem como o respeito pela integridade da criação com o uso prudente e moderado dos recursos minerais, vegetais e animais existentes no universo, com especial atenção para com as espécies ameaçadas de extinção.
O Sétimo Mandamento, antes de mais, proíbe o furto, que é a usurpação do bem alheio contra a razoável vontade do seu proprietário. É o que também sucede no pagamento de salários injustos; na especulação sobre o valor dos bens para obter vantagens com prejuízo para os outros; na falsificação de cheques ou faturas. Proíbe, além disso, cometer fraudes fiscais ou comerciais, causar um dano às propriedades privadas ou públicas. Proíbe também a usura, a corrupção, o abuso privado dos bens sociais, os trabalhos culpavelmente mal feitos e o esbanjamento.
O furto também diz respeito aos bens imateriais. Esse tipo de pecado começa, por exemplo, quando copiamos alguém na escola, baixamos ilegalmente conteúdos da internet, fazemos fotocópias ilegais ou cópias piratas dos mais diversos tipos. O vandalismo e a danificação intencional do equipamento ou patrimônio público são formas de roubo e também devem ser reparados, afirma o Youcat - Catecismo Jovem (429).
A Igreja afirma que, tendo em vista que as pessoas são filhas de Deus, detentoras de uma dignidade única, é dever da doutrina social da Igreja interferir-se nas relações humanas, dando diretrizes a respeito da política, economia, ciências, entre outros, quando a dignidade delas é ameaçada. Assim, a Igreja emite um juízo moral em matéria econômica e social quando isso é exigido pelos direitos fundamentais da pessoa, do bem comum ou da salvação das almas. Pois todas estas relações sociais devem ter o homem como seu autor, centro e fim.
Portanto, todo homem tem o dever e o direito a um trabalho, por meio do qual ele colabora com Deus criador, pois, ao trabalhar com empenho e competência, a pessoa põe em ação capacidades inscritas na sua natureza, exalta os dons do Criador e os talentos recebidos, sustenta-se a si e aos seus familiares, serve a comunidade humana. Além disso, com a graça de Deus, o trabalho pode ser meio de santificação e de colaboração com Cristo para a salvação dos outros.
Os trabalhadores devem realizar o seu trabalho, com consciência, competência e dedicação, procurando resolver, com o diálogo, eventuais controvérsias. O recurso à greve, quando esta não é violenta, é moralmente legítimo ao se apresentar como instrumento necessário em vista dum benefício proporcionado e tendo em conta o bem comum. Compete ao Estado fornecer a segurança das garantias das liberdades individuais e da propriedade, para além duma moeda estável e de serviços públicos eficientes; compete-lhe ainda zelar e orientar o exercício dos direitos humanos no setor econômico. A sociedade deve ajudar os cidadãos a encontrar trabalho, conforme as circunstâncias.
No plano internacional, todas as nações e instituições devem atuar na solidariedade e na subsidiariedade, com vista a eliminar, ou pelo menos reduzir, a miséria, a desigualdade dos recursos e dos meios econômicos, as injustiças econômicas e sociais, a exploração das pessoas, a acumulação da dívida dos países pobres, os mecanismos perversos que criam obstáculos ao progresso dos países menos desenvolvidos.
O homem é autor, centro e fim de toda a vida econômica e social, sendo assim, o ponto central das questões sociais, tratadas no Sétimo Mandamento, para que os bens criados por Deus para todos, de fato, cheguem a todos, conforme a justiça e com a ajuda da caridade.