sábado, 1 de dezembro de 2012

São Francisco Xavier

 
A Igreja sempre se apoiou nos missionários para sua expansão no decorrer dos séculos. Primeiro foram os apóstolos que se espalharam pelo mundo após a ressurreição de Jesus. Durante o período do descobrimento, entre os séculos XV e XVI, o cristianismo encontrou nos missionários da Companhia de Jesus, os jesuítas, a forma de iniciar a evangelização nas Américas e no Oriente: Índia, Japão e China. Francisco Xavier, considerado o maior dos missionários jesuítas, foi o fundador dessas missões no Oriente. Nasceu no reino de Navarra, Espanha, em 7 de abril de 1506. Era filho de uma família nobre, que havia projetado para ele um futuro de glória e riqueza no mundo, matriculando-o, com dezoito anos, na Universidade de Paris. Mas não foi no campo terreno que ele se sobressaiu e sim no espiritual. Francisco formou-se em filosofia e lecionava na mesma universidade, onde conheceu um aluno bem mais velho e de idéias objetivas e tudo mudou. Tratava-se do futuro santo Inácio de Loyola, fundador dos jesuítas. Loyola sonhava formar uma companhia de apóstolos para a defesa e propagação do cristianismo no mundo. Viu em Francisco alguém capaz de ajudá-lo na empreitada e tentou conquistá-lo para a causa. Tarefa que se revelou nada fácil, por causa do orgulho e da ambição que Xavier tinha, projetadas em si por sua família. Loyola, enfim, convenceu-o com uma frase que lhe tocou a alma: "De que vale a um homem ganhar o mundo inteiro se perder sua alma?" (Mc 8, 36). Francisco tomou-a como lema e nunca mais a abandonou, nem ao seu autor, Jesus Cristo. Os papéis se inverteram e Inácio passou a ser mestre de seu professor, ensinando-lhe o difícil caminho da humildade e dos exercícios espirituais. Francisco, por fim, se retirou por quarenta dias na solidão, preparando-se para receber a ordenação sacerdotal. Celebrou sua primeira missa com trinta e um anos e se tornou co-fundador da Companhia de Jesus. Passou, então, a cuidar dos doentes leprosos, doença de então, segregados pela sociedade. Com outros companheiros, fixou-se, em 1537, em Veneza, onde recolhia das ruas e tratava aqueles a quem ninguém tinha coragem de recolher. Foi então que D. João III, rei de Portugal, pediu a Inácio de Loyola para organizar um grupo de sacerdotes que acompanhassem as expedições ao Oriente e depois evangelizassem as Índias. O grupo estava pronto e treinado quando um dos missionários adoeceu e Francisco Xavier decidiu tomar o seu lugar. O navio, com novecentos passageiros, entre eles Francisco Xavier, partiu de Lisboa com destino às Índias. Foi o início de uma viagem perigosíssima e cheia de transtornos, que demorou praticamente um ano. Durante todo esse tempo, Francisco trabalhou em todos os serviços mais humildes do navio. Era auxiliar de cozinha, faxineiro e enfermeiro. Finalmente, chegaram ao porto de Goa. Desde então, Francisco Xavier realizou uma das missões mais árduas da Igreja Católica. Ia de aldeia em aldeia, evangelizava os nativos, batizava as crianças e os adultos. Reunia as aldeias em grupos, fundava comunidades eclesiais e deixava outro sacerdote para tocar a obra, enquanto investia em novas frentes apostólicas noutra região. Acabou saindo das Índias para pregar no Japão, além de ter feito algumas incursões clandestinas na China. Numa delas, na ilha de Sacian, adoeceu e uma febre persistente o debilitou, levando-o à morte, em 3 de dezembro de 1552, com apenas quarenta e seis anos de idade. A Igreja o beatificou em 1619, canonizando-o em 1622. Celebrado no dia de sua morte, como exemplo do missionário moderno, são Francisco Xavier foi, com toda justiça, proclamado pela Igreja patrono das missões, e pelo trabalho tão significativo recebeu o apelido de "são Paulo do Oriente".


domingo, 4 de novembro de 2012

O sacramento da Ordem
Olá galerinha....
Os assuntos dessa semana foram  o sacramento da Ordem Sacerdotal, o Dia de Todos os Santos e a Páscoa... Vamos nos aprofundar mais na história nossa Igreja?
A Ordem é o sacramento que transforma o leigo em diácono, o diácono em sacerdote e o sacerdote em bispo. É o sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo a seus Apóstolos continua sendo exercida na Igreja até o fim dos tempos; é o sacramento do ministério apostólico. Possui três graus: o diaconato (para diáconos) o presbiterado (para padres) e o episcopado (para bispos).
O sacramento da Ordem insere a pessoa num determinado grupo de cristãos que exercem uma função específica em relação à do cristão leigo, graças à imposição das mãos do bispo e da oração consecratória.
Toda a Igreja é um povo sacerdotal, pois graças ao Batismo, todos os fiéis participam do sacerdócio de Cristo. O "sacerdócio comum dos fiéis" deve ser exercido por todos os cristãos.
O ministério conferido pelo sacramento da Ordem consiste num outro tipo de participação na missão de Cristo, ou seja, no serviço em nome e na pessoa de Cristo no meio da comunidade. Além disso, o sacerdócio ministerial confere um poder sagrado para esse serviço dos fiéis. Esse serviço consiste no ensino, no culto divino e no governo pastoral.
No serviço eclesial do ministro ordenado, é o próprio Cristo que está presente à sua Igreja enquanto Cabeça de seu Corpo, Pastor de seu rebanho, Sumo Sacerdote do sacrifício redentor, Mestre da Verdade. A Igreja expressa isso dizendo que o sacerdote, em virtude do sacramento da Ordem, age "In persona Christi Capitis", ou seja, na pessoa de Cristo-Cabeça.
O bispo é o único que pode tornar o leigo um diácono, sacerdote ou outro bispo. Para que isso aconteça e seja válido, o bispo ordenante deve ter sido validamente ordenado, isto é, que esteja na linha da sucessão apostólica, e em comunhão com a Igreja toda, principalmente com o Sumo Pontífice (o Papa).
Os padres somente podem exercer seu ministério na dependência do bispo e em comunhão com ele. Já para a legítima ordenação de um Bispo, é hoje exigida uma especial intervenção do Bispo de Roma (o Papa), por causa de sua qualidade de vínculo visível supremo da comunhão das Igrejas particulares (as dioceses) na única Igreja e garantia da sua liberdade.
A ordenação de mulheres não é possível porque o Senhor Jesus escolheu homens para formar o colégio dos doze Apóstolos, e os apóstolos fizeram o mesmo quando escolheram os colaboradores que seriam seus sucessores na missão. O colégio dos bispos, ao qual os presbíteros estão unidos no sacerdócio, torna presente e atualiza, até o retorno de Cristo, o colégio dos doze. A Igreja se reconhece ligada a essa escolha do próprio Senhor.
O sacramento da Ordem é concedido uma vez por todas, ou seja, não pode ser repetido, pois confere um caráter espiritual indelével, ou seja, para sempre. Assim, um padre que deixe o ministério para casar-se, por exemplo, continua sendo padre. Se ficar viúvo e quiser voltar a exercer o ministério, não precisa ser ordenado novamente, bastando seguir as orientações da Igreja a esse respeito.
Por falar nisso, é bom lembrar que na Igreja de rito latino somente o diácono pode ser casado; o bispo e o padre devem ser solteiros ou, em alguns casos, viúvos. Entretanto, se o diácono permanente casado ficar viúvo, não poderá mais se casar.



Dia de todos os Santos

Hoje, a Igreja não celebra a santidade de um cristão que se encontra no Céu, mas sim, de todos. Isto, para mostrar concretamente, a vocação universal de todos para a felicidade eterna.
"Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: 'Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito' "(Mt 5,48) (CIC 2013).
Sendo assim, nós passamos a compreender o início do sermão do Abade São Bernardo: "Para que louvar os santos, para que glorificá-los? Para que, enfim, esta solenidade? Que lhes importam as honras terrenas? A eles que, segundo a promessa do Filho, o Pai celeste glorifica? Os santos não precisam de nossas homenagens. Não há dúvida alguma, se veneramos os santos, o interesse é nosso, não deles".
Sabemos que desde os primeiros séculos os cristãos praticam o culto dos santos, a começar pelos mártires, por isto hoje vivemos esta Tradição, na qual nossa Mãe Igreja convida-nos a contemplarmos os nossos "heróis" da fé, esperança e caridade. Na verdade é um convite a olharmos para o Alto, pois neste mundo escurecido pelo pecado, brilham no Céu com a luz do triunfo e esperança daqueles que viveram e morreram em Cristo, por Cristo e com Cristo, formando uma "constelação", já que São João viu: "Era uma imensa multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas" (Ap 7,9).
Todos estes combatentes de Deus, merecem nossa imitação, pois foram adolescentes, jovens, homens casados, mães de família, operários, empregados, patrões, sacerdotes, pobres mendigos, profissionais, militares ou religiosos que se tornaram um sinal do que o Espírito Santo pode fazer num ser humano que se decide a viver o Evangelho que atua na Igreja e na sociedade. Portanto, a vida destes acabaram virando proposta para nós, uma vez que passaram fome, apelos carnais, perseguições, alegrias, situações de pecado, profundos arrependimentos, sede, doenças, sofrimentos por calúnia, ódio, falta de amor e injustiças; tudo isto, e mais o que constituem o cotidiano dos seguidores de Cristo que enfrentam os embates da vida sem perderem o entusiasmo pela Pátria definitiva, pois "não sois mais estrangeiros, nem migrantes; sois concidadãos dos santos, sois da Família de Deus" (Ef 2,19).
Neste dia a Mãe Igreja faz este apelo a todos nós, seus filhos: "O apelo à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade se dirige a todos os fiéis cristãos." "A perfeição cristã só tem um limite: ser ilimitada" (CIC 2028).
Todos os santos de Deus, rogai por nós!



A Páscoa Judaica e Páscoa Cristã: diferenças e semelhanças

Pessach (do hebraico  פסח, ou seja, passagem) é o nome do sacríficio executado em 14 de Nissan segundo o calendário judeu e que precede a Festa dos Pães Ázimos . O nome Pessach é associado a esta festa, que celebra e recorda a libertação do povo de Israel  do Egito, conforme se encontra  narrado no livro do Êxodo. Corresponde ao que, no Ocidente, chamamos  Páscoa judaica.  O Cristianismo, que nasce no seio da sinagoga judaica, chamou de Páscoa sua maior festa: a que celebra a ressurreição de Jesus Cristo, reconhecido e confessado como Messias e Filho de Deus, do poder da morte para a vida que não termina. A Páscoa judaica e a Páscoa cristã têm muitas diferenças, mas também muitos pontos em comum.
De acordo com a tradição judaica, a primeira celebração de Pessach ocorreu há 3500 anos, quando de acordo com a Torah – a Lei de Deus – o Senhor enviou dez pragas sobre o povo do Egito. Antes da décima praga, - que seria a morte dos primogênitos das famílias egípcias -  Moisés  foi instruído pelo mesmo Deus a pedir que cada família hebréia sacrificasse um cordeiro e molhasse os umbrais (mezuzót) das portas, para que seus primogênitos não fossem exterminados.
Chegada a noite, os hebreus comeram a carne de um cordeiro sem mancha, acompanhada de pães ázimos e ervas amargas. Depois,  um anjo enviado por Deus feriu de morte todos os primogênitos egípcios, desde os primogênitos dos animais até mesmo os primogênitos da casa do Faraó. Então este, temendo ainda mais a Ira Divina, aceitou libertar o povo de Israel para adoração no deserto, o que levou o povo ao Êxodo que o levou à liberdade e a sua constituição como povo.Como memória  desta libertação, e do castigo de Deus sobre o Faraó foi instituído para todas as gerações de judeus a obrigação de celebrar a festa de Pessach para rememorar o que Deus fez em seu favor.
Pessach portanto significa a passagem, porém a passagem do Senhor através de seu mensageiro, o anjo .  Posteriormente foi agregado a esta concepção a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho que confirmou sua libertação.  Até hoje os judeus celebram  esta festa que  evoca os preciosos símbolos que a história da libertação do Egito traz à memória e à história: liberdade, justiça, reinício do ciclo da vida.
 A festa cristã da Páscoa tem origem na festa judaica, mas possui um significado diferente. Enquanto para o Judaísmo, Pessach representa a libertação do povo de Israel do Egito, no Cristianismo a Páscoa é a festa maior que celebra a morte e ressurreição de Jesus Cristo, assimilando também diversos elementos alegóricos de morte e renascimento representados pela transição do inverno-primavera que ocorre neste período no hemisfério norte; ou pelo ovo símbolo da vida, ou pelo coelho, símbolo da fecundidade e abundancia de vida.
 Nada haveria acontecido e nada haveria a celebrar se não fosse essa passagem do Senhor, ao mesmo tempo assustadora e alumbradora na vida do povo de Israel e na carne torturada e assassinada de Jesus de Nazaré.  Foi por esta apertada e apressada passagem que o povo eleito conheceu a liberdade e também conheceu mais ao seu Deus. No duro aprendizado do deserto, este mesmo povo aprenderá que não há que ter saudades da falsa abundancia da escravidão, com panelas cheias de cebola e carne.  Pelo contrário, há que alimentar-se do escasso maná, dado por Deus segundo a necessidade de cada dia enquanto se caminha rumo à verdadeira liberdade e plenitude. Os primeiros cristãos viram no mistério pascal de Jesus Cristo novo Exodo e nova Páscoa.  Na pessoa do Nazareno inocente e condenado pelos poderes deste mundo enxergaram a salvação, a passagem do Senhor que enfim manifestava o seu Dia.  Era cumprido o Tempo e a salvação enfim se fazia presente sobre a história.  O Senhor voltaria novamente em plena glória e enquanto tal havia que esperá-lo vivendo o amor até as últimas consequencias.
 No entanto, com o passar do tempo, a comunidade cristã foi compreendendo que essa revelação ainda tinha muito a ensinar.  Com a Ressurreição do Crucificado, Deus seu Pai dissera sua última palavra sobre aquela vida feita só de amor e humilde serviço.  A morte não tinha mais poder sobre ele.  E a partir dele, não teria mais poder sobre nenhum homem e mulher vindos a este mundo.  Porém, a Paixão ainda não terminara no seio da história.  Enquanto a criação inteira se contraía com a dolorosa expectativa da mulher que vai dar à luz e em meio a suas dores pre-sente a esplendorosa alegria do alumbramento do parto, continuava a haver sofrimento no mundo.  Lutas de poder no interior da comunidade, perseguições de toda sorte por parte das mais diversas instâncias.  A luz trazida pela passagem de Jesus da morte para a vida pelo poder de Deus brilhava através e apesar das trevas que ainda continuavam com paciência termital seu trabalho predatório sobre a vida e a humanidade.
Por isso o grande Paulo de Tarso ensinará às comunidades que é preciso vigiar.  O Ressuscitado ainda está crucificado toda vez que a vida é machucada e a injustiça parece ganhar terreno.  A vitória já está alcançada mas ainda não se manifestou em plenitude.  E enquanto isso é preciso ter os rins cingidos, as sandálias aos pés e o cajado à mão. E deixar-se possuir pela urgência e pela pressa.
 Urgência de fazer avançar o Reino de Deus através do conflito e da dor.  Pressa de fazer acontecer o amor sobretudo ali onde o desamor parece haver conseguido seu maior avanço: na pobreza, na injustiça, na violência, na exclusão.  Mas em meio à pressa e à urgência, coração alegre e esperançado.  Pois o Senhor passou e passa.  Passou em meio ao povo cativo levando-o do cativeiro à libertação. Passou no corpo e na vida de Jesus de Nazaré suscitando-o da morte à vida.  Passa e passará em nossas vidas levando-nos da noite escura da injustiça, da violência e do vazio à alegria luminosa que vem do amor feito serviço e lava pés aos irmãos oprimidos no rosto de quem brilha o rosto do Ressuscitado.  Por isso a celebração da Páscoa, entre judeus ou cristãos, é a festa da vida e da alegria, mas também da urgência.  Urgência de viver no respeito e não apenas na tolerância às diferenças que marcam as diversas identidades.  Indignação e prática amorosa diante das enormes desigualdades que aprisionam e desumanizam sociedades inteiras. 
Ungidos pela pressa de construir o Reino e cientes que não seremos livres enquanto outros permanecerem escravos de corpo ou de alma, cantemos Aleluia! É nosso dever e nossa salvação, pois Deus passou e libertou seu povo; passou e ressuscitou seu Cristo dentre os mortos e nada mais poderá separar-nos de seu amor.


 

sábado, 27 de outubro de 2012



A História de Moisés
A história de Moisés (cerca de 1200 a.C.), que liderou o povo hebreu no êxodo que os levou à terra prometida, está no Antigo Testamento da Bíblia. Em algum momento entre 1900 a.C. e 1300 a.C., os descendentes hebreus de Abraão foram subjugados pelo Egito. Eles estavam entre os muitos escravos que trabalharam na construção de pirâmides, templos e obeliscos. Lembrando a promessa de Deus a Abraão, segundo a qual a terra de Canaã lhes pertencia, os hebreus procuravam por um libertador e encontraram Moisés.
Moisés era filho de Amram e Jocabed, da tribo de Levi, uma das 12 tribos que diziam ser descendentes de Abraão. Temeroso de que a população de hebreus estivesse crescendo demais, o faraó egípcio ordenou que todos os bebês hebreus do sexo masculino fossem mortos. Então, quando Moisés nasceu, Jocabed o colocou em uma cesta de junco, que deixou às margens do rio Nilo. O bebê foi encontrado por uma filha do faraó, que o adotou e criou com luxo e esplendor no palácio. Moisés acabou descobrindo a verdade sobre seu nascimento e sobre a fé de seu povo. Sentindo profundamente a opressão imposta a eles, matou um capataz egípcio que maltratara um escravo hebreu. Quando o crime foi descoberto, Moisés fugiu para o exílio.
Vagou até a terra de Madiã, localizada na atual península do Sinai, entre Israel e Egito. Lá, casou-se com Zipora, com quem teve dois filhos. Moisés nunca esqueceu a fé de seu povo hebreu. Em um aterrorizante momento no Monte Sinai, ele viu um arbusto que queimava, mas não era consumido pelas chamas. O arbusto flamejante lhe disse: ”Sou o Deus de Abraão, Isaac e Jacó.” Essa experiência fez com que Moisés se tornasse um profeta. Seguindo o comando de Deus, voltou ao Egito e exigiu que o faraó libertasse os hebreus do cativeiro. Como o faraó se recusou, Deus lhes enviou uma série de pragas que devastaram o Egito. Após Deus ter causado a morte do primogênito de cada família do Egito em uma noite, o faraó permitiu que Moisés e os hebreus partissem. Mas depois se arrependeu e perseguiu os hebreus até o Mar Vermelho. Deus partiu as águas e fez com que os hebreus as atravessassem em segurança, afogando os egípcios em seguida.
Moisés levou os hebreus ao Monte Sinai. O profeta subiu a montanha e falou com Deus, que lhe apresentou duas tábuas de pedra contendo uma série de leis, conhecidas como os Dez Mandamentos. Ao retornar, Moisés proclamou que, daquele dia em diante, aquelas seriam as leis a que os hebreus deveriam obedecer. Esses mandamentos foram adotados pelo judaísmo, assim como pelo cristianismo, e ainda formam a base da moralidade de todo o mundo ocidental. E esse será o assunto do nosso próximo encontro portanto não faltem! Um super beijo e até lá.
Sacramento do Matrimônio
Olá galerinha... Hoje conversamos sobre o sacramento do matrimônio. Vamos ler sobre o assunto?
A aliança matrimonial, pela qual o homem e a mulher constituem entre si uma comunhão da vida toda, ordenada ao bem dos cônjuges e à geração e educação dos filhos, foi elevada, entre os que são batizados, à dignidade de sacramento, por Cristo Senhor.
Diz Jesus em Mt 19,6: "De modo que já não são dois, mas uma só carne". Isso mostra uma unidade profunda de duas vidas, confirmadas pelo pacto conjugal, ou seja, o consentimento pessoal irrevogável.
O sacramento do Matrimônio significa a união de Cristo com a Igreja. 
Concede aos esposos a graça de se amarem com o mesmo amor com que Cristo amou a sua Igreja. A graça do sacramento leva à perfeição o amor humano dos esposos, consolida sua unidade indissolúvel e os santifica no caminho da vida eterna. Se os cônjuges separam-se, divorciam-se, separam algo que Deus uniu. O novo casamento dos divorciados ainda em vida do legítimo cônjuge contraria o desígnio e a lei de Deus, que Cristo nos ensinou. Eles não estão separados da Igreja, mas não têm acesso à comunhão eucarística. Levarão vida cristã principalmente educando seus filhos na fé.
O lar cristão é o lugar onde os filhos recebem o primeiro anúncio da fé. Por isso, o lar é chamado, com toda razão, de "Igreja doméstica", comunidade de graça e de oração, escola das virtudes humanas e da caridade cristã.
É preciso lembrar, ainda, que há certas situações que invalidam o matrimônio, ou seja, os noivos se casam à vista de todos, mas na verdade o casamento não valeu. Esses casos são resolvidos pelo chamado "Tribunal Eclesiástico" das Províncias Eclesiásticas. Exemplo: dois primos em primeiro grau somente podem casar-se com a autorização do bispo ou dos padres autorizados por ele. Se os noivos-primos se casam sem essa autorização (sem a devida dispensa), o casamento não valeu, está nulo.
Finalmente é bom lembrar que até para o Matrimônio é necessário ter vocação, sem ela muitos casamentos fracassam.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

O ano da FÉ  

O Padre Marcelo em sua homilia comentou que o Papa Bento XVI inaugurou o ano da Fé... Vamos ver o que significa isso para nós católicos?
Recordando os cinquenta anos da abertura do Concílio Vaticano II, o evento eclesial mais importante do Século XX, o Papa Bento XVI  inaugurou com uma multitudinaria Eucaristia  na Praça de São Pedro na manhã deste 11 de outubro o Ano da Fé, convocado com o objetivo de promover a Nova Evangelização.

Bento XVI presidu a Missa com um total de 400 concelebrantes: 80 cardeais, 14 padres conciliares ainda vivos, 8 patriarcas de Igrejas orientais, 191 arcebispos e bispos participantes do XIII Assembleia do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização e 104 Presidentes de Conferências Episcopais de todo o mundo, incluindo o Cardeal Raymundo Damasceno Assis, presidente da CNBB. Estavam também presentes na celebração o Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I e o Primaz da Comunhão Anglicana, Rowan Williams.

Segundo a nota publicada hoje pela Rádio Vaticano, o Papa iniciou sua homilia explicando que a celebração desta manhã foi enriquecida com alguns sinais específicos: a procissão inicial, recordando a memorável entrada solene dos padres conciliares nesta Basílica; a entronização do Evangeliário, cópia do que fora utilizado durante o Concílio; e a entrega, no final da celebração, das sete mensagens finais do Concílio e do Catecismo da Igreja Católica.

“O Ano da fé que estamos inaugurando hoje está ligado coerentemente com todo o caminho da Igreja ao longo dos últimos 50 anos: desde o Concílio, passando pelo Magistério do Servo de Deus Paulo VI, que proclamou um "Ano da Fé", em 1967, até chegar ao o Grande Jubileu do ano 2000, com o qual o Bem-Aventurado João Paulo II propôs novamente a toda a humanidade Jesus Cristo como único Salvador, ontem, hoje e sempre”, recordou Bento XVI na homilia da Missa.

Bento XVI evocou também o Beato João XXIII no Discurso de Abertura do Concílio Vaticano II, quando apresentou sua finalidade principal: “que o depósito sagrado da doutrina cristã fosse guardado e ensinado de forma mais eficaz”.

Embora o Concílio Vaticano II – observou o Papa - não tenha tratado da fé como tema de um documento específico, no entanto, esteve todo ele inteiramente animado pela consciência e pelo desejo de, por assim dizer, imergir mais uma vez no mistério cristão, para o poder propor de novo e eficazmente para o homem contemporâneo. Como dizia Paulo VI, dois anos depois da conclusão do Concílio: “Se o Concílio não trata expressamente da fé, fala da fé a cada página, reconhece o seu caráter vital e sobrenatural, pressupõe-na íntegra e forte, e estrutura as suas doutrinas tendo a fé por alicerce”

Bento XVI recordou que ele mesmo teve ocasião de experimentar que “durante o Concílio havia uma emocionante tensão em relação à tarefa comum de fazer resplandecer a verdade e a beleza da fé no hoje do nosso tempo, sem a sacrificar às exigências do tempo presente, mas também sem a manter presa ao passado”.

“Na fé ecoa o eterno presente de Deus, que transcende o tempo, mas que só pode ser acolhida no nosso hoje, que não torna a repetir-se. Por isso, julgo que a coisa mais importante, especialmente numa ocasião tão significativa como a presente, seja reavivar em toda a Igreja aquela tensão positiva, aquele desejo ardente de anunciar novamente Cristo ao homem contemporâneo”, afirmou o Papa.

O mais importante, especialmente numa ocasião tão significativa como a atual –observou Bento XVI- é reavivar na Igreja “aquela mesma tensão positiva, aquele desejo ardente de anunciar novamente Cristo ao homem contemporâneo, sempre apoiado na base concreta e precisa, que são os documentos do Concílio Vaticano II”.

“A referência aos documentos protege dos extremos tanto de nostalgias anacrônicas como de avanços excessivos, permitindo captar a novidade na continuidade. O Concílio não excogitou nada de novo em matéria de fé, nem quis substituir aquilo que existia antes. Pelo contrário, preocupou-se em fazer com que a mesma fé continue a ser vivida no presente, continue a ser uma fé viva em um mundo em mudança”, esclareceu.

De fato – prosseguiu o Pontífice – “se a Igreja hoje propõe um novo Ano da Fé e a nova evangelização, não é para prestar honras, mas porque é necessário, mais ainda do que há 50 anos!”.

“Nas últimas décadas, observamos o avanço de uma "desertificação" espiritual, mas, no entanto, é precisamente a partir da experiência deste vazio que podemos redescobrir a alegria de crer, a sua importância vital para nós homens e mulheres. E no deserto existe, sobretudo, necessidade de pessoas de fé que, com suas próprias vidas, indiquem o caminho para a Terra Prometida, mantendo assim viva a esperança. A fé vivida abre o coração à Graça de Deus, que liberta do pessimismo”, asseverou.

Na conclusão da homilia o Papa afirmou que este ano da Fé pode ser representado como "uma peregrinação nos desertos do mundo contemporâneo, em que se deve levar apenas o que é essencial: nem cajado, nem sacola, nem pão, nem dinheiro, nem duas túnicas - como o Senhor exorta aos Apóstolos ao enviá-los em missão - mas sim o Evangelho e a fé da Igreja, dos quais os documentos do Concílio Vaticano II são uma expressão luminosa, assim como o Catecismo da Igreja Católica, publicado há 20 anos".

“Que a Virgem Maria brilhe sempre qual estrela no caminho da nova evangelização. Que Ela nos ajude a pôr em prática a exortação do Apóstolo Paulo: ‘A palavra de Cristo, em toda a sua riqueza, habite em vós. Ensinai e admoestai-vos uns aos outros, com toda a sabedoria... Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras, seja feito em nome do Senhor Jesus. Por meio dele dai graças a Deus Pai’”, finalizou.
 Fonte: www.acidigital.com/noticia.php
Vamos nos colocar em oração e pedir para que Maria Estrela da Evangelização nos guie e nos proteja nesse ano que vai ser de grande trabalho apostólico...