sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Turmas de Primeiro e Segundo Ano de Crisma: A vida de Jesus

 


Objetivo: Fazer o jovem sentir que Jesus é alguém importante para ele; o jovem deve sentir que essa Boa Nova, que é Cristo Ressuscitado, É PARA ELE... E PARA CADA UM, uma história escrita para Ele e , através dessa leitura, ele pode conhecer este Homem singular e, conhecendo melhor Jesus, possa acreditar nele. Este jovem deverá dizer: ESTA BOA NOTÍCIA (JESUS) É PARA MIM.

Para início de conversa: Neste vídeo, Pe. Ricardo comenta sobre a vida oculta de Jesus. Acompanhe agora essa reflexão:




Fique ligado!!!!!!!! Aos 30 anos, iniciando sua vida pública, Jesus foi batizado. Os quatro Evangelhos narram o seu Batismo (Mt 3, 13s) - (Mc 1, 9s) - (Lc 3, 21s) - (Jo 1, 29s). João Batista vivia no deserto, pregando penitência, isto é, mudança de atitude, Vida Nova, purificação. "Preparai os caminhos do Senhor" - repetindo Isaías - ele clamava no deserto.
Pessoalmente, João desconhecia Jesus. Mas, assim que O viu, reconheceu-O. Como O reconhecera, ainda no ventre de sua mãe. João, homem de Deus, cheio do Espírito Santo, reconhecia o seu Senhor. E apresentou-O ao povo judaico: "Eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo". E, sem precisar de batismo, Jesus foi batizado. Por quem era menor do que Ele. (Mais um desafio.)
Nessa hora, aconteceu um milagre: a manifestação da Santíssima Trindade: sobre Sua cabeça surgiu uma pomba (o Espírito Santo), enquanto se ouvia uma voz: "Este é meu Filho bem-amado".
Como "o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo", Jesus provou ser o Messias prometido, o Salvador esperado, o Verbo que se fez Carne. Ele mesmo o afirma: O Messias sou eu que lhe estou falando" - disse à Samaritana (Jo 4, 26).
E prova-o com Seus milagres. Nele, realizam-se todas as profecias, inclusive as que Ele mesmo fez, como, por exemplo, a de Sua ressurreição (Lc 18, 33). Além disso, dá, ainda, o testemunho de Sua inigualável doutrina - doutrina ensinada e vivida.
Vemos, após o Batismo, a tentação de Jesus, pelo demônio. Excetuando o pecado, Ele quis sentir toda a nossa fraqueza, toda a nossa miséria. Quis ser como um de nós, para que nos tornássemos como Ele. Mostrou-nos que o justo é provado - e provado, deve manter-se fiel.
Depois, Ele escolheu Seus discípulos. Entre estes, os apóstolos. "Vem e segue-me" - e aqueles homens rudes largaram suas redes para tornarem-se pescadores de homens. Simão passou a chamar-se Pedro. Pedro, porque seria a pedra fundamental da Igreja que nascia.
Da Igreja, depositária de Sua Doutrina. E de Seu Sangue. Da Igreja que deveria permanecer (sob a assistência do Espírito Santo) "até a consumação dos séculos" (Mt 28, 20).
Conforme anunciara o profeta, em parábolas Ele ensinou (Mt 13, 35). É fácil encontrá-las nos Evangelhos. Como são fáceis de se encontrar os Seus milagres. O difícil é escolher a parábola mais bonita, ou mais atual. Como é difícil escolher o milagre mais significativo.
Toda a vida de Cristo é beleza e claridade. "Eu sou a Luz do mundo". Toda a sua vida é amor e convite à perfeição. "Quem me segue, não anda em trevas". "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida".
O primeiro milagre de Jesus foi o das "bodas de Caná". A pedido de Nossa Senhora. Conta-o S. João, no cap. 2. Durante a festa, o vinho acabou. Maria, a boa Mãe, percebeu: "Eles não têm mais vinho". E Jesus, apesar de não Ter chegado ainda a Sua hora, atendeu ao pedido dela.
Maria disse aos criados: "Fazei o que Ele vos mandar" - e ele fizeram. Então, naquele festim de amor, a água transformou-se em vinho. Numa figura da hora de amor maior em que o vinho se transformaria em Sangue.
São várias as lições aí encontradas: a bondosa solicitude e o poder da Virgem Mãe, a importância de fazer o que Ele manda, a ligação deste milagre com aquele maior em que nós somos convidados para as "bodas de Sangue". Maria a "Medianeira de todas as graças", é nossa advogada. É a "Onipotência suplicante" a quem podemos recorrer, a qualquer momento. Deus a atende. Sempre.
Por duas vezes, Jesus realizou o milagre da multiplicação de pães e peixes. Os quatro Evangelistas descrevem o primeiro (Mt 14, 15s - Mc 6, 41s - Lc 9, 12s - Jo 6, 10s). E S. Mateus e S. Marcos (Mt 15, 32s e Mc 8, 1s) narram, também, o segundo.
S João, no mesmo capítulo (6, 32s) em que trata do assunto, prossegue referindo-se à promessa da Eucaristia - o Pão da Vida eterna - e insiste nas categórica afirmações de Jesus acerca de um dos mais belos mistérios da fé: "Eu sou o pão da vida: o que vem a mim, não terá fome, e o que crê em mim, não terá jamais sede";
"Eu sou o pão vivo que desci do céu. Se alguém comer deste pão, viverá eternamente; e o pão que eu darei, é a minha carne para a vida do mundo." "Se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. O que como a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia. Porque a minha carne é verdadeiramente comida e o meu sangue é verdadeiramente bebida.
O que come a minha carne e bebe o meu sangue fica em mim e eu nele. Assim como me enviou o Pai que vive, e eu vivo pelo Pai, do mesmo modo o que me come também viverá por mim. Este é o pão que desceu do céu. Não é como o maná que vossos pais comeram, e morreram. O que come este pão viverá eternamente". - Era o convite para as bodas de sangue...
... "Muitos, porém, dos seus discípulos, ouvindo isto, disseram: 'Dura é esta linguagem, e quem a pode ouvir?' E, por causa disso, muitos O deixaram. Queriam coisas mais fáceis, uma doutrina mais leve, menos exigente, mais adaptada à mediocridade.
Mas Jesus não retirou uma palavra do que dissera. Ao contrário, dirigindo-se aos apóstolos, perguntou-lhes: "Porventura quereis, vós, também, retirar-vos?" Respondeu-lhe, então, Pedro: 'Senhor, para quem havemos de ir? Tu tens palavras de vida eterna'."
É ainda, o mesmo apóstolo, o que descreve a ressurreição de Lázaro (Jo 11, 1s). De Lázaro, por quem Jesus chorou. Jesus que, em outra oportunidade, a chicotadas, expulsou os vendilhões do Templo, chorou com a morte de Lázaro. Servindo-nos de modelo, revela-se viril e compassivo, firme e suave, enérgico e paciente.
Lázaro (morto há 4 dias) era irmão de Marta e Maria.Marta foi, primeiro, ao encontro de Jesus: "Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Mas eu sei que mesmo agora tudo o que pedires a Deus, Deus te concederá". Respondeu-lhe Jesus: "Teu irmão ressuscitará".
Marta disse-lhe: "Bem sei que há de ressuscitar na ressurreição, no último dia". Disse-lhe Jesus: "Eu sou a ressurreição e a vida. O que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo o que vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Crês isto? " Ela respondeu: "Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, Filho de Deus Vivo, que vieste a este mundo. "
Maria, assim que soube da presença de Jesus, indo depressa ao seu encontro, fez-lhe a mesma queixa: "Senhor, se estiverdes aqui, não teria morrido meu irmão". E Jesus perturbou-se. E Jesus chorou. Era homem. Plenamente homem. E, como, também, era Deus, plenamente Deus, Lázaro foi ressuscitado e entregue às suas irmãs. As suas irmãs a quem Ele dissera: "Eu sou a ressurreição e a vida. O que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá".
Em outro sentido - também real - é preciso saber: mesmo que tudo tenha morrido em nós, um ato de fé em Jesus Cristo pode animar-nos. Suas palavras são, realmente, "palavras de vida eterna" - para quem as leva a sério.
Vejamos algumas de suas parábolas. A do "filho pródigo", por exemplo (Lc 15, 11-32): deixando a casa do pai, o moço rico, distanciando-se cada vez mais, acabou vivendo entre os porcos. Mas "entrou em si". Admitiu sua culpa. Arrependeu-se. E decidiu-se a voltar. Então, o pai foi ao seu encontro. E houve festa e alegria - porque o filho morto ressuscitara.
A rigor, todos somos filhos pródigos. Todos somos moços ricos, filhos de pai generoso. Iludidos por quimeras. Frequentemente esbanjamos tesouros (a fé, a pureza, a paz da consciência). Afastando-se de Deus, quantos passam a viver na miséria do pecado! Mas a Misericórdia nos espreita e nos espera. E nos procura. Jesus é o "bom pastor" que vai atrás das ovelhas desgarradas.
Ele nos recebe e nos salva. Porque o amor é mais poderoso do que a morte. Mas é preciso que queiramos. Efetivamente. Porque, no fundo da miséria, Deus respeita a nossa dignidade de homens - de homens que Ele não fez escravos nem autômatos, mas filhos de Rei.
São Mateus, no capitulo 22, conta a parábola da núpcias do filho do rei. "O reino dos céus é semelhante a um rei que tratou núpcias para seu filho". A união de Cristo com a Igreja é, frequentemente, comparada as núpcias.
S. Paulo (Ef 5, 25) fala a esse respeito. Já vimos a relação entre o primeiro casal (Adão e Eva) e Cristo e a Igreja, sua "esposa". Outro sentido não tem o "Cântico dos Cânticos" além da exaltação deste casamento místico de Cristo com sua Igreja. Particularmente, no estilo oriental, nada exprimiria melhor o amor divino do que imagens do amor humano.
Portanto, "um rei" (Deus Pai) nos convida para um festim de amor (as boda de Cristo com a Igreja). Por meio dos profetas, os judeus foram os primeiros convidados. Mas rejeitaram o convite. Convite que foi aceito por pagãos.
Estes foram à festa. Mas um não estava vestido de acordo - e, por isso, foi expulso. Porque, para aquele festim de amor, a veste deve ser pura. Pura como a que recebemos no Batismo. Vestidos com a graça de Deus é que vamos a um casamento de Rei. Nas "bodas de sangue", no mais profundo mistério de amor, há, sobre a mesa, Pão e Vinho. E os convivas se alimentam de eternidade.
( Fonte: http://www.catequisar.com.br/texto/materia/dout/lv01/22.htm).

Atividades ( enviar para o e-mail aninha.professorinha@gmail.com até o dia 07 de novembro)

Use a Bíblia para pesquisar:

1. Jesus era livre- nunca se deixou manipular por ninguém, tinha suas ideias, seus princípios, e era autêntico. Foi sempre fiel à sua  missão e a seu povo, mesmo enfrentando perigos, ciladas e ameaças de morte ( Lc 11, 53-54). A lei antiga proibia curar em dia de sábado. Jesus, no entanto, pensava que o homem valia mais do que a lei e curou ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

(Jo 9, 1-41). Coisas semelhantes aconteceram com frequência. Mandou_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ no campo, também no sábado. (Mt 12, 1-8). Não tinha medo de enfrentar a lei, quando era necessário para fazer o bem. Aos poucos, começaram a surgir atritos entre Jesus e os chefes e os fariseus. Os fariseus o acusavam: __________________________________________________________________ (Mt 9, 10-11).; diziam que Jesus fazia coisas ilícitas ___________________________________________________________________________________ ( Mt 12, 09-14). Para eles, Jesus era pecador: ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ (Jo 9, 24). Houve momentos de muita tensão e queriam ____________________________________________________________________________________________________________________________________________ porque ______________________________________________________________________________ (Jo, 10, 31-33). Até o rei queria matá-lo ( Lc 18, 31). A s discussões foram aumentando: (Mt 20, 23-27; Mc 7, 1-13). O próprio Jesus tomou uma atitude corajosa e arriscada, acusou os fariseus de serem _____________________________________________________________________________________________________________ (Mt 23, 1-39); chamou Herodes de ___________________________ (Lc 13, 32). Jesus tomou essas atitudes pra defender o valor do homem acima das leis, para defender o verdadeiro espírito da religião, tão deturpado pelos fariseus, para defender os oprimidos das cargas  pesadas impostas pelos chefes... Mas fundamentalmente, Jesus foi livre para amar. E fez de sua vida uma doação e um serviço para todos. Ele dizia:________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ (Mc 10, 45).

Não procurou dinheiro e nem prestígio pessoal, nem segurança própria, nem poder. Viveu para cumprir a vontade de seu Pai, pela  libertação de seu povo.

2. Homem de fé e oração: Jesus repetia, com frequência, que veio para ___________________________( Jo 4, 34). Viveu toda a sua vida em atitude de filho fiel. Sentia Deus sempre presente; e, com frequência, retirava-se para orar, e para dialogar com Deus, a quem ele chamava carinhosamente de ____________________. Na oração, Jesus encontrava força, apoio, segurança para a sua missão. Sendo tão importante a oração, Jesus ensinou, também, seus discípulos a dirigir-se a Deus com confiança, rezando __________________________________ (Mt 6, 19-13). E com isso, Jesus nos revelou um nova imagem do Pai. Dizia a seus discípulos que era necessário orar para ____________________________________________________________________________ ( Lc 22, 40). Até  último momento de sua vida, Jesus viveu confiando no Pai; pouco antes de morrer, confiou sua sorte nas mãos do Pai e disse: ______________________________________________( Lc 23, 46). Através de várias parábolas, Jesus foi revelando a seus discípulos, quem é o Pai: cheio de misericórdia, na parábola_________________________________________ ( Lc 10,21-24); pai de todos ( Lc 11, 1-4); atento ás ________________________________________ (Lc 12, 22-32); sempre disposto a perdoa, na parábola __________________________________________ ( Lc 15,1-7).

3. Sua vocação: libertar os oprimidos: Jesus tinha 30 anos. Deixou sua família e foi ao encontro de João, no  ___________________________ onde foi_______________________ ( Mt 3, 13-17). A partir desse momento, começou um novo tipo de vida, voltado para seu povo. Em primeiro lugar, ele foi para o _________________, para pensar bem nas coisas, em repouso: um retiro de _________ dias, antes de começar sua vida pública ( Lc 4, 1-13). Lá, Jesus rejeitou várias tentações. Do deserto, foi para __________________________ e entrou na cidade de ___________________________, de onde havia criado. Leu o livro das Escrituras e disse, publicamente, que as palavras de Isaías iam se cumprir nele: _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ (Lc4, 14-22). A partir desse momento, ficou definida a sua vocação:___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________. Para isso dedicou toda a sua vida. 

4. Discípulos: Jesus não trabalhou sozinho. Desde o princípio, procurou várias pessoas para que o acompanhassem constantemente. Os quatro primeiros discípulos foram:___________________________________________________________________ (Mt 4, 18-22). Mas, depois, chegou a formar um grupo de ___________________________________________________________________________________________________________________________________ (Mt 10, 11). Eles foram chamados de APOSTÓLOS e foram o ponto de partida para o NOVO POVO DE DEUS que Jesus queria formar.

5. Jesus anunciava o Reino de Deus: Jesus percorria cidades e aldeias, ensinando nas ___________________ e pregando__________________________________ ( Mt 9, 35). Dizia ao povo___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ( Mt 1, 15). Pregava na sinagogas, nas praças, nas ruas, em todo lugar. Sua fama começou a espalhar-se, e a ganhar a admiração do povo. Para os humildes, ele era__________________________________________________  ( Lc 7, 11-17). E a notícia dos milagres percorria a região. Para que o povo pudesse entender o que era o Reino de Deus, Jesus usava comparações e parábolas:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ( Mc 4,26-29); _____________________________________________________________________________________________________________________________________________ ( Mc4,30-34);

________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ( Mt 13, 1-8);

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ( Mt 13, 33-35);

____________________________________________________________________ ( Mt 13, 44-50);

_______________________________________________________________________ ( Lc14, 15-24). Jesus anunciava que Deus estava sempre perto e que queria a salvação do homem; que Deus convidava o homem a participar de sua companhia; que Deus manifestava ao homem seu desejo de acolher, de perdoar, de formar um novo povo. Tudo isso e muito mais era o Reino de Deus; a vida nova que Deus queria fazer surgir no meio do povo.


Até semana que vem!!!!!!!!!!!


sábado, 17 de outubro de 2020

Turmas de Primeiro e Segundo Ano de Crisma: Quem é Jesus? Quem dizem que eu sou

 


Objetivo: Levar o jovem à descoberta pessoal de Jesus, suscitando nele o desejo de aproximar-se Dele, conhecer  sua vida, sua mensagem.
Acolhida: Oração ao Espírito Santo  e uma Ave Maria.
Leitura bíblica: Lc 9, 18-22
Para início de conversa: Cristão vem de Cristo: todos nós dizemos cristãos. Suponhamos então, que isso signifique, de certa forma , sermos torcedores de Jesus, mais propriamente, seguidores de Jesus.
Mas, na verdade, o que é que nós sabemos a respeito de Jesus? Será que temos uma informação tão completa quanto a que temos de nossos times de futebol, dos pilotos da Fórmula 1, dos artistas e cantores de nossa preferência?
Veja o que o Padre Paulo Ricardo, fala sobre esse tema:


Fique ligado: O Evangelho de Lucas situa esta narrativa em um contexto diferente dos outros dois Evangelhos sinóticos. Lucas afirma que Jesus “estava rezando em um lugar retirado, e os discípulos estavam com ele”, enquanto em Marcos e Mateus o evento se dá no caminho para Cesaréia de Filipe. A ênfase na atitude orante de Jesus é típica de Lucas. Muitas vezes, neste Evangelho, especialmente antes de momentos importantes na sua vida, Jesus se encontra em oração. No texto de hoje, Lucas escreve que Jesus faz uma pergunta: “Quem o povo diz que eu sou?” Na resposta dos discípulos, ele percebe que não haviam entendido a sua proposta. O povo o imaginava como João Batista, Elias ou algum dos antigos profetas (Lucas 9,18-19). Os discípulos aceitavam-no como Messias, mas como Messias glorioso, bem de acordo com a propaganda do governo e da religião oficial do templo (Lucas 9,20-21). E Jesus tenta explicar-lhes que o caminho previsto pelos profetas era o caminho do sofrimento, como consequência do compromisso assumido com os excluídos. Seguir Jesus implica em assumir a cruz e segui-lo no caminho (Lucas 9,22).
A pergunta de Jesus é uma espécie de balanço de toda a sua vida. Ao encontrar-se sozinho com seus discípulos para a oração, ele fez esta pergunta para retomar uma questão que outras pessoas já estavam levantando. Perguntavam acerca dele, de sua missão, de seu propósito. Escribas e fariseus já haviam feito essa pergunta sobre a autoridade de Jesus para perdoar os pecados (Lucas 5,21; 7,49). Também João Batista enviara alguns de seus seguidores com a pergunta: “És tu aquele que esperamos?” (Lucas 7,20). Os discípulos também ficam surpresos quando a tormenta e o vento obedeceram à sua ordem, e formularam a pergunta: “Quem é ele, que até os ventos e a água lhe obedecem?” (Lucas 8,25). Também Herodes faz pergunta semelhante, provavelmente a partir de um interesse político, após ter mandado decapitar João (Lucas 9,9). Ao retomar a pergunta, Jesus mostra que, em primeiro lugar, sua história precisa ser recuperada a partir das formas que causaram impacto em seus contemporâneos, a partir das percepções do povo humilde do campo e habitantes das aldeias e povoados da Galileia, que o conheciam diretamente.
O povo continuava pensando como antes (cf. Lucas 7,16; 9,8), pois ainda estava preso à ideia de um Messias guerreiro e triunfalista. A maioria o tinha por João Batista. Outros por Elias. Outros acreditavam que um antigo profeta voltara à vida. Percebemos que há três respostas. “Três” equivale a “todos” os falatórios que corriam em meio ao povo. A ninguém ocorre fazer memória do Messias da esperança profética. Esperava-se um Messias carismático, da casta davídica, com força e poder, com exército aguerrido, ou ainda, cumpridor da lei. Jesus, ao contrário, fala do Reino de Deus, mas não gosta de relacioná-lo com Davi (cf. Lucas 20,41-44). Jesus não tem os poderosos do seu lado e não aceita a violência. Ao contrário, ele é o Messias que vem montado num jumento, animal dos pobres e considerado impuro pela lei. É aclamado pelo povo simples. Em vez de espadas, os ramos revelam que seu poder é de paz e de serviço. Numa busca de outras possíveis avaliações de sua pessoa, Jesus formula a segunda pergunta: “E vós quem dizeis que eu sou?” Note-se que Jesus não exige uma resposta pessoal. O plural indica que espera a resposta da comunidade de discípulos. Coerente com sua pedagogia dialógica, Jesus os coloca contra a parede, a fim de que explicitem sua compreensão do projeto do Reino. Pedro responde em nome do grupo: “O Cristo de Deus”. A missão que Jesus recebera do Pai não é de ser um Messias guerreiro, como fora o rei Davi, mas o Ungido servo de Javé (Isaías 52,13–53,12). O Messias da esperança profética liberta o povo não pela violência, mas enfrentando e assumindo o sofrimento com fidelidade até as últimas consequências, a fim de cortar o mal pela raiz. Por isso, para não espalharem uma compreensão equivocada de sua missão, Jesus exige que não o digam a ninguém. Se ele é o Ungido, isto deverá ser descoberto através de suas ações, de uma revisão da memória e do projeto que ele anuncia e vive.
O texto faz ressoar as perguntas de Jesus. É fácil responder “quem é Jesus para mim?” Esta narrativa nos convida a responder esta pergunta através de nossa maneira de viver, de nossas opções concretas, de nossa forma de ler os acontecimentos da vida e da história. Tenhamos cuidado com qualquer Jesus que não seja exigente, que não traga consequências sociais, que não nos engaje na luta por uma sociedade mais justa. Pois, o Jesus real, o Jesus de Nazaré, o Jesus do Evangelho não foi assim e deixou bem claro: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz cada dia, e siga-me”. Ou seja, assumir a sua proposta: uma renovação da sociedade e da história a partir de baixo, de quem está na pobreza e na exclusão. Ele recusou a proposta de ser rei, rejeitou toda forma de violência, entrou em conflito com o sistema de templo e com a ideia tradicional de um Messias salvador da pátria. Assumiu, porém, o Messias servo sofredor. Jesus, em sua prática, valorizou as pessoas pobres e excluídas. Colocou no centro de sua missão as crianças, as mulheres, os doentes, os possessos, os publicanos e os pecadores. Com uma prática e proposta dessas, era de se esperar outro desfecho para sua vida? Claro que não! A proposta de Jesus era totalmente contrária aos interesses de “alguns”. E a pergunta continua ecoando: “E vós quem dizeis que eu sou?”
Para finalizar vamos ouvir o que o Padre Zezinho nos apresenta Jesus:


Atividades ( enviar para o e-mail aninha.professorinha@gmail.com até o dia 23 de outubro)

1. Leia os seguintes textos e escreva:
a) O que dizia de Jesus  multidão, ao povo?
Jo 7, 40-41
Lc 6, 19

b) O que diziam diziam de Jesus, seus inimigos?
Jo 7, 19-20
Jo 10, 39-42

c) O que dizia Jesus, de si mesmo?
Jo, 14, 6
Jo 8, 12

2. Responda:
a) Quem é Jesus Cristo, hoje em dia, para você?
b) De que forma você  sente que Jesus está perto em sua vida?
c) Você poderia dizer que tem uma experiencia positiva e rica de Jesus Cristo?
d) Você tem um profundo desejo de conhecer a pessoa de Cristo?
e) O que você espera Dele?

Compromisso Semanal: Essa semana você arrecadará os brinquedos, levará no sábado no dia 24 de outubro na Paróquia e participará do Momento Jovem que acontecerá no mesmo local, as 16 h. A entrega dos brinquedos será as 15 h.

Desejo uma ótima semana a todos... e até semana que vem!!!!!!








sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Turmas de Primeiro e Segundo Ano de Crisma: Jesus nos chama à conversão


Objetivo: Mostrar a conversão como uma vida nova. Identificação com o próprio projeto de vida de Jesus; maior compromisso  com o próprio crescimento espiritual; mudança de vida.

Leituras Bíblicas: Leia e escreva em seu caderno o que entendeu dos seguintes textos:  Rm 6,1-14; Rm 13, 11-14; 2 Cor 5, 17-21; Ef 4,25-32; Gl 5, 13-25.

Para início de conversa: Para você o que significa converter-se? Vamos ver o vídeo onde o Frei Claudiano faz uma reflexão sobre o evangelho do primeiro da quaresma... Acompanhe...




Fique ligado!!!! A missão dos Apóstolos, anunciar a Palavra de Deus, acompanha a chamada à conversão já que ao anunciar Jesus cristo proclamam também a necessidade de converter-se e de crer. O batismo é o sacramento que faz com que o ser humano experimente essa nova realidade (cf. At 2,38). Conversão também é abandonar o fermento velho para celebrar a Páscoa com os ázimos da sinceridade (Cf. 1 Cor 5,7s). De fato, na vida do cristão, que sempre está em processo de conversão, a escuta à Palavra e a recepção dos Sacramentos têm um papel insubstituível no caminho rumo à santidade. A esta conversão contínua chamamos “conversões segundas”.
Na vida da Igreja é uma alegria receber novos conversos em seu seio, os novos filhos da Igreja. Quando a ela os introduz no Mistério de Cristo pelo Batismo se dá o que a teologia clássica chamou de “justificação”, conceito este muito próximo ao vocábulo “conversão”.
Para as Igrejas tradicionais que se separaram do catolicismo a justificação era algo que atingiria o homem de uma maneira externa enquanto que Deus não olharia mais os pecados do ser humano redimido graças à justiça de Cristo que os encobre; é como se Cristo estivesse entre o Pai Santo e o homem pecador, mas sem penetrar na interioridade do ser humano. A teologia católica, ao contrário, apresenta a justificação – de acordo com o Concilio de Trento – como uma realidade que toca o mais profundo do ser humano, já que o limpa interiormente do pecado e dá-lhe uma verdadeira renovação e santificação interior. A chamada “justificação primeira” seria a que acontece no batismo. Neste sentido, o Catecismo da Igreja Católica distingue a “conversão primeira”, que se dá no batismo, e a “segunda conversão”, ou seja, a continua mudança de vida com vistas à santificação que culmina na escatologia (cf. CEC 1426-1428).
Depois desse encontro inicial, poderíamos dizer que a vida cristã é uma conversão continuada. O cristão, chamado à santidade, busca a plenitude de vida, a santificação crescente. Mongillo chamaria esta conversão permanente de “docilidade ao Espírito que guia no caminho das bem-aventuranças”. Neste segundo momento, ainda que também naquele inicial (de pecador a justo), tem uma grande importância a Igreja como lugar donde se consegue a novidade de vida pela força da Palavra de Deus e dos Sacramentos.
Na mesma línea, Santo Tomás de Aquino fala de uma “tríplice conversão” ampliando desta maneira o significado do vocábulo em questão. A conversão inicial é aquela que não pede ainda a existência da graça santificante, mas somente uma operação de Deus que atrae o pecador a si. A segunda conversão é a que exige a graça santificante (ou habitual), principio do mérito, com vistas à bem-aventurança. A terceira conversão é a do amor perfeito, a da criatura que já se encontra no céu, para esta terceira é necessária a graça consumada, ou seja, a glória. Santo Tomás vai ao núcleo da questão e às fases principais da conversão, mas poderíamos enumerar muitas outras fases se considerarmos, por exemplo, uma pessoa que passa do paganismo à glória do céu com diversas etapas religiosas: do paganismo ao monoteísmo, do monoteísmo ao cristianismo de tipo não católico, de um cristianismo não-católico ao catolicismo, de católico medíocre (e há tantos!) a católico fervoroso, de católico fervoroso – que busca a santidade – até a conversão ao céu.
Poder-se-ia afirmar que o homem se salva quando se converte, considerando a questão desde a liberdade do homem que aceita livremente o convite de Deus, ou quando é convertido. Conversão é graça de Deus e ele tem a iniciativa. Conversão e salvação vão juntas (cf. Mc 16,15; At 2,38-40). No que se refere à relação graça-liberdade na conversão, há a iniciativa de Deus e, ao mesmo tempo, ninguém se converse contra a sua vontade.
Na vida real, na da pessoa que se converte, devemos considerar tudo isso em diversas perspectivas entrelaçadas. Considerando a atuação da graça de Deus, podemos falar da conversão desde uma perspectiva dogmática; considerando as disposições da pessoa, será desde um perspectiva moral e psicológica; ao considerar a nova vida que se produz no homem podemos tratar a mesma realidade desde uma perspectiva dogmático-espiritual. Conversão e fé vão unidas, e contemporaneamente se enfatizou que no processo de conversão encontra-se a totalidade das dimensões da pessoa. Sendo assim, é preciso integrar em nossa consideração a dimensão intelectual, volitiva, espiritual, moral etc.
Não é necessário dizer muito mais para intuir uma possível classificação das conversões, segundo o elemento que mais esteja presente no processo que leva uma pessoa a decidir-se por responder afirmativamente ao chamado de Deus. Existem conversões intelectuais, enquanto que o elemento que mais se destaca é a busca da verdade por meio do estudo, principalmente; nas conversões morais, o que mais fica patente é o desejo de um ideal mais elevado na própria conduta; nas conversões emocionais, há uma forte sacudida emocional e eficaz ao mesmo tempo.
Há também os chamados itinerários de conversão ou caminhos de conversão, que considerados teologicamente levam-nos a sistematizar certos elementos presentes, de uma maneira ou outra, em todo itinerário rumo à fé. Para que a decisão de crer esteja arraigada na realidade, estão os preâmbulos da fé, que são verdades religiosas ou morais conhecidas pela razão natural: existência de Deus, imortalidade da alma etc. Já que ninguém pode crer sem um prévio conhecimento do que “deve” crer, está a pregação do Evangelho, à qual uma pessoa pode responder afirmativamente (fé) ou negativamente. Dado que o ser humano encontra-se aberto à transcendência e é um ser contingente (não necessário), dá-se o que podemos chamar pergunta pelo sentido da vida, que exige o interrogar-se sobre a questão “Deus”. Um momento fundamental do processo de conversão se dá na busca das razões para crer. Finalmente, a percepção pessoal da bondade e do dever de crer culmina este processo teológico da conversão já que aqui se da uma relação essencial entre fé e fim último do homem. Ao falar do dever de crer não se pensa, no entanto, em assentimento obrigatório, a pessoa sempre é livre para crer ou não, referimo-nos à percepção da necessidade de crer “para mim”.
Ao concluir, gostaria de ressaltar que, ainda que falemos de tantos processos, a conversão é, em definitiva, obra da graça de Deus e resposta livre do homem. Estas duas coordenadas nos dão os elementos para que façamos nossa reflexão, que foi que o que buscamos nas presentes considerações. Um elemento importantíssimo: cada conversão é uma história pessoal; daí a dificuldade para sistematizar os elementos da conversão.





Atividades ( enviar por e-mail aninha.professorinha@gmail.com até o dia 10 de outubro) 

1) Leia o texto de Lc 19, 1-10 e responda:
  • O encontro com Jesus, levou Zaqueu a uma mudança em seu coração? Como se manifestou esta mudança? 
  • Conversão exige serviço, partilha e ajuda ao próximo. Explique isso.
2) O que nos impede de encontrar Jesus?  Complete com o auxílio da Bíblia:

a) João Batista percorria os povoados anunciando a salvação e pedindo mudança de vida para receber o Senhor. Dizia________________________________________________________________ (Lc 3, 3-6)
b) E Jesus, depois que João foi preso, anunciava também: __________________________________________________________________ ( Mc 1,15)
c) Um dia, à noite, conversando com Nicodemos, Jesus apresentava a conversão do coração como condição necessária para  entrar no Reino de Deus. Disse-lhe Jesus: __________________________________________________________________ ( Jo 3,3)
d) Certo dia, reunindo seus discípulos ao redor de uma criança, para eles mostra a necessidade de viver na simplicidade:________________________________________________ (Mt 18, 3).

COMPROMISSO SEMANAL: Continuando nossa competição, ainda em grupo vocês deverão arrecadar brinquedos em bom estado, para serem doados a um ORFANATO. Ganha o grupo que trazer o maior número de brinquedos. A DATA DE ENTREGA DESSES BRINQUEDOS SERÁ NO DIA 10 DE OUTUBRO, AS 13 h, NA PARÓQUIA DE SÃO FRANCISCO XAVIER.

Desejamos uma ótima semana!!!! Que São Francisco abençoe sua vida!!!! Até breve!!!!